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quarta-feira, 18 de novembro de 2015


segurança pública

Cai o comandante geral da PM, coronel Pereira Neto. Nome ligado a coronel Mario Cavalcanti assume

Publicado em 18/11/2015 às 13:29 por em Notícias

Foto: Divulgação / PMPE
Coronel Pereira Neto deixa o comando da PM. Foto: Divulgação / PMPE
Por Jamildo Melo, editor do blog
Com Pacto pela Vida em crise, o governador Paulo Câmara decidiu mudar o comando da PM. O comandante geral da PM coronel Pereira Neto está sendo afastado das funções. No seu lugar, assume o coronel Carlos Alberto D’Albuquerque Maranhão Filho.
Paulo Câmara convocou coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (18), às 15h30, no Palácio do Campo das Princesas, para o anúncio do novo comando. Já a passagem de comando será realizada nesta quinta-feira (19), às 7h30, no Quartel do Derby.
O novo comandante é ligado ao coronel Mário Cavalcanti, que acaba de ser nomeado como interventor de Gravatá, nesta terça-feira.
D’Albuquerque vem da Casa Militar do Palácio do Campo das Princesas também, onde trabalhou com Mário Cavalcanti na coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco. Ele também preside o Clube dos Oficiais da PM e Bombeiros.
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Os altos índices de violência registrados nos últimos meses são apontados como uma das causas. Tomando como base a projeção da Secretaria de Defesa Social (SDS) para o último mês, seriam, ao todo, 3.174 assassinatos no Estado desde o início do ano. Número que já é maior que os 3.102 homicídios registrados em todo  ano de 2013, o de melhor desempenho desde que o Pacto Pela Vida foi implementado, em 2007.
Apenas em junho deste ano, a meta estipulada pela SDS foi batida. Em todos os outros nove meses, o número real de assassinatos superou a projeção.
Nos bastidores da PM, fala-se ainda que a nova movimentação salarial dos policiais pode estar relacionada com a substituição. “Há um movimento dos coronéis por aumento de salários, e o governo pode ter feito a avaliação de que ele não estaria agindo com lealdade”, comenta uma fonte do Blog.
Afora os números do Pacto pela Vida, que já são piores que os do ano passado, a defesa do ciclo completo pelos PMs e ser contra o projeto do governo que dava exclusividade para os delegados fazerem Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) também podem ter sido outro dos motivos da queda da cúpula da PMPE.
Chamou atenção uma audiência pública recente na Alepe, para tratar do tema. Policiais Civis e PMs estavam em lados opostos. O comandante na mesa. Quando os civis falaram, os oficiais e PMs deram as costas.
O problema era que o governo do Estado havia negociado com o pessoal da Civil não tocar o ciclo completo, por não poder dar aumento. Com gestões junto a Joel da Harpa e Guilherme Uchoa, uma emenda chegou a ser incluída prevendo a possibilidade da PM também realizar os TCO, que tanto impacientam os delegados.

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