Policiais Militares lotam auditório para reunião da categoria após rebeliões
Com informações da repórter Mariana Dantas, do NE10
O auditório do Centro de Convenções está
completamente lotado para o encontro dos Policiais Militares (PMs) para
definir sobre o posicionamento da categoria frente às rebeliões e a
morte do sargento durante o último motim no Presídio Aníbal Bruno.
Segundo o diretor da Associação de
Praças dos Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco (Aspra),
subtenente Ricardo Lima, a categoria acredita na resposta do novo
governo diante das reivindicações, mas a decisão sobre paralisação não
está descartada.
Se ficar decidido nesta quarta-feira
(21) que a categoria vai entrar em estado de greve, o prazo para
negociação será de 72 horas.
“Os policiais estão abandonados, a
profissão não é valorizada. Não temos segurança para trabalhar e nem
condições de trabalho. A morte do sargento Silveira é uma prova disso, é preciso dar um basta”, disse o diretor da Aspra.
Vários policiais que participam da assembleia estão de luto e com adesivo no peito com os dizeres “Somos todos Silveira”.
De acordo com a entidade, Pernambuco
conta hoje com 19 mil policiais militares e cinco mil bombeiros, quando o
número necessário seria de 27 mil policiais e 8 mil bombeiros.
Entre as reivindicações, está a abertura
de concurso, aquisição de equipamentos, reajuste salarial de 50% para
soldados (hoje ganha R$ 2.600), de 40% para cabos a subtenentes e de 30%
de segundo tenente a coronel.
A categoria também cobra revisão do
plano de cargo e carreiras, que foi prometido pelo governo nas
negociações do ano passado e que não foram pra frente. “O governo alegou
que era preciso aguardar o período eleitoral. Mas já estamos no dia 21
de janeiro e até agora nada”, disse Ricardo Lima.
Blog do Jamildo
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